O último boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) da Secretaria da Saúde apontou que São Paulo registrou quase o triplo do número de mortes decorrentes do vírus da gripe, em menos de um mês. De janeiro ao início de maio havia 25 casos de óbito pela doença confirmados no estado, no dia 28 do mesmo mês já eram 71.
No mesmo período, subiu de 146 para 458 a quantidade de pacientes infectados. Segundo a pneumologista Dra. Andrea Sette, um dos principais fatores para este aumento é a mudança climática consequente das estações frias, que tornam favoráveis a proliferação de vírus e bactérias e ocasionam em larga sala as conhecidas doenças de inverno.
O período é responsável também por um aumento de cerca de 20% nas vendas dos medicamentos antigripais amplamente procurados e receitados com intuito de aliviar e curar os sintomas decorrentes da doença. Pesquisas realizadas em consumidores de farmácia apontaram que mais de 90% deles tomaram medicamento para gripe ou resfriado nos últimos seis meses.
A doutora ressalta que um dos meios mais eficazes de se prevenir a manifestação de doenças infecciosas ainda é a vacina. Na capital paulista, a campanha de vacinação em andamento foi prorrogada até o dia 15 de junho, pois, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) ainda não se atingiu a meta de imunizar 90% do grupo de risco.
Entre as prioridades estão, crianças de seis meses a cinco anos, trabalhadores da saúde, gestantes, mulheres no pós-parto, indígenas, adultos a partir de 60 anos e doentes crônicos. Para o restante do público, Dra. Andrea traz dicas para se prevenir de possíveis infecções:
Lave sempre as mãos, principalmente ao chegar da rua, use gel antisséptico, proteja nariz e boca, cubra sempre que tossir ou espirrar em público, evite o contato com pessoas já contaminadas, evite aglomerações, beba bastante água para evitar o ressecamento das vias e consuma alimentos que reforcem a imunidade como peixes, vegetais escuros e frutas cítricas.